terça-feira, 5 de abril de 2011

"Você me tem fácil demais, mas não parece capaz de cuidar do que possui"...

Quando essa música tocou no rádio ela lembrou de tudo que "viveu" até aqui por quem ela achava que era o "cara".
Ela já tinha ido muito longe por uma pessoa que nunca fazia nada demais por ela.
Ela corria, corria e corria. E via que sempre estava distante de ter alguma coisa além do que já tinha acontecido. O que não era grande coisa.
Não, ela não esperava quase nada em troca.
A única coisa que ela esperava é que um dia ele olhasse para ela de uma outra maneira.
Que ele visse tudo que havia de melhor dentro dela.
Mas ela sabia que no fundo, talvez ele nunca seria capaz de cuidar daquilo que pertencia a ele.
Nessas situações a primeira coisa que a gente pensa é em desistir, porque já lutou demais.
Já disse muita coisa, agiu de forma estúpida, já passou por cima do seu orgulho... Ela se jogou de cabeça sem se perguntar se deveria.
Ela não se arrependia do que tinha feito até aqui. Simplesmente sentiu e resolveu arriscar.
Ela não negava que queria que ele se entregasse, que ele se envolvesse, que ele estivesse tão apaixonada quanto ela. Que ele estivesse disposto a arriscar.
Mas ela sabia o quanto ele se "poupava" desses sentimentos.
Ela só não sabia exatamente porque.
Se questionava se o problema era ela, se era o tempo, se era o destino ou se era Deus preparando algo melhor para ela.
Ou se o grande problema era ele mesmo.


"Bobagem. Desliga o telefone na cara do babaca, derretendo a última certeza de haver um príncipe encantado fora das telas do cinema."
Gabito Nunes

P.S.: Escrevi o texto para todos que já se doaram e não receberam muito em troca.
Nem sempre raspas e restos nos interessa. 

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