segunda-feira, 25 de abril de 2011
Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente?
Melhor interromper o processo ao meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais - porque ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia - qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero com um tempo perdido.
CFA
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